People pleaser

Sou uma autêntica people pleaser. 
Isso significa que tento agradar a toda a gente. Recentemente descobri que isso não me faz feliz. Que enquanto estou ocupada a tentar acomodar toda a gente e a tentar fazer com que todas as pessoas se sintam melhores com elas própria, que estou a esquecer-me de mim. "Egoiste-se", é exatamente disso que preciso neste momento. De me tornar egocêntrica pelo menos uma vez na vida. 
Percebi que enquanto me preocupo com os outros, ninguém se preocupa comigo. Como já disse, não dou para receber nem na medida em que recebo. No entanto, eu não recebo nada. O que é desolador.  Estou cansada de atender a todas as satisfações de verdadeiros fracassados que são incapazes de fazer algo mas que se acham senhores do mundo e que têm necessidade de por tudo nas costas dos outros. Sabem, pessoas assim não valem nada. 
Tudo se resume a saber dizer "não" e a estabelecer limites. A saber que aquilo que poderá ser ou não aceitável para outros, que não tem de ter a mesma conotação para mim. Que eu não preciso de ninguém. (Então porque é que as pessoas precisam de mim?) Estou cansada de por as necessidades e apetites dos outros à frente daquilo que eu quero. Está na altura de saber dizer "não". De aceitar que nem todos os pedidos e ordens têm de ser aceites. Porque não têm, e eu não quero saber.
Percebi também que as pessoas me manipulavam. Que a minha inocente vontade de ajudar era facilmente ludibriada de forma a satisfazer as mais excêntricas vontades. E deixei-me ir. Que bondade descabida. 
A partir de hoje, só eu importo. Mas desculpem-me por isso. Passei demasiado tempo a atender a tudo o que os outros precisavam que esqueci-me de atender aos meus objetivos. A partir de hoje, estabeleço prioridades. E eu já não estou no fundo da lista de "a fazeres". 
E como me cansei de viver entre o "ser simpática para toda a gente" e o "quero que todos se fodam" eu lamento. Mas quero que vocês se fodam. 

(2015. Outubro, 18)

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