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Já há uns dias que nada faz sentido. Nada é propriamente o mesmo. O meu coração não tem o mesmo ritmo. As cores não têm a mesma vivacidade. E cada palavra doce e sentimental que possa ouvir, me soa mal. Alguma vez pensaste que isso fosse ser capaz? Logo comigo. Sentimental, melosa, risonha, feliz com um beijinho na testa, apaixonada, desastrada, dedicada e preocupada em demasia. Faz-te lembrar alguém? A mim não. Pelo menos agora. Não me sinto eu. Vejo-me envolta de todos estes novelos não resolvidos. De todas estas tramas em que me incluo e nem eu própria sei bem o porquê. Sinto-me vazia. Como se um bocado de mim tivesse sido levado com e sem a minha permissão. E não me sinto eu. O bocado de mim de que mais gosto, criado, construído e moldado a ti, não o tenho. Está por aí algures. Perdido no mesmo sinto onde por algures tu também estarás. Perdi o norte e preciso que me orientes. 
Cheguei à conclusão que pior que a presença indesejada de uma vida humana, só mesmo a ausência de uma da qual se necessita. A prova de que me sinto mais humana que nunca, é o facto de sentir todas as saudades do mundo como se eu ainda permanecesse igual. Quando eu já não sou eu. Mas admito que adorava ter de volta tudo aquilo que tinha. 
Ps: quando vieres, traz aquele bocadinho de mim de que eu falei.

(2013. Julho, 30)

Lamento, mas agradeço o facto de não teres voltado



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