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Todos me perguntam porque raio deixei de escrever. A verdade é que não deixei. Outra verdade, é que os meus melhores textos são escritos quando eu não estou feliz. Mas honestamente, tenho estado. Tenho lidado com os meus problemas de formas tão inesperadas que chegam a surpreender-me. Tenho transformado os atavismos da minha vida em algo positivo. Tenho sido feliz, à minha maneira. Sem porquês ou impedimentos. Mas com críticas. Com olhares no meio da rua e com calúnias cochichadas pelas pessoas de quem menos espero. Faz parte. O bem estar causa inveja. Causa fofoca. Causa dúvidas. Duvidas as quais, eu não as tenho. Estou certa do que faço e do que quero. Não sei onde quero chegar nem por onde ir. Mas sei que estou bem e talvez seja por isso que não tenho publicado nada. Porque estou mais preocupada em fazer da minha vida algo que seja motivo de orgulho para quem realmente se importa. Não me importo com comentários e tão pouco com críticas. E para os que não entendem, que vão para o raio que os parta. Porque eu não procuro aprovação e tão pouco preciso de consentimentos. Na verdade, só faz falta quem está e só me acompanha quem quer. E quem me deixa......... Bem....... Essas pessoas são as mesmas que me perguntam porque é que deixei de escrever. Porque não me entendem nem decifram e deixaram de ser protagonistas de textos indiretos de desilusões e tristezas minhas. Hoje, são como todos os meus leitores, que não me acompanham, mas que me tentam ler na esperança de um dia entender. E como eu disse, já não importa. Porque eu tenho escrito pouco, e a razão é simples: eu estou bem, sem ti.


(2016. Maio, 15)