No more waiting

A cama fica quente e eu viro-me e reviro-me de um lado para o outro na esperança de encontrar um pingo de sono para te encontrar em sonhos. Nada. Tapo-me, destapo-me. Tudo na mesma. Dás-me insónias e invades-me o pensamento assim que me deito. Penso em ti mesmo que não queira. Recordo-me de tudo o que fizemos juntos. E fico acordada. Percorro o meu álbum de fotografias com o objetivo de diminuir as saudades. Ingénua. Ficam piores e só penso em ti. Onde estás? Pensas em mim?
Sinto-te distante... Tão perto e tão longe. Sentes a minha falta? 
Continuamos juntos e eu só me pergunto o porquê de estares comigo. Se por amor ou por apego. Se por egoísmo. Tanto me faz. 

(2016. Julho, 29) 

Este era um dos textos que tinha nos rascunhos e que me deu que pensar. 

Recentemente descobri o que mais temia. Que estavas comigo só porque sim e admito que qualquer motivo teria sido mais fácil de engolir. Que estavas comigo só para "me calar" para que não pudesse mais dizer que não me dedicavas tempo nenhum. Mas a verdade é essa. Eu era a peça que não encaixava na tua agenda. Era aquela que nunca teve prioridade no teu pequeno mundo ao qual davas favoritismo a tudo o que provavelmente não te fazia tão feliz quanto eu. Eu fui aquela que nunca foi merecedora de uma mensagem de bom dia às horas certas ou de um "boa noite". "Dá trabalho" dizias tu. "Estou cansado". Cansada fiquei eu. De pedidos de desculpa e de mensagens sem nexo. Cansada fiquei eu de todas as horas que passei em pé, a andar pela casa de um lado para o outro à espera que te dignasses a lembrar-te de mim. Mas não te lembraste e eu cansei-me de ser esquecida por estar sempre em último plano. Cansei-me de esperar que tivesses tempo. Cansei-me de esperar por ti. E deixei de esperar. 
E agora estou aqui, e já não te espero. Não espero mensagens ou chamadas, nem tão pouco por horas passadas juntos às praias que testemunhavam o que tínhamos. 
Hoje passeio sozinha e percebi que não preciso de ti. Porque tu não me fazias feliz e prefiro esperar pela felicidade do que voltar a esperar por ti. 

(2016. Setembro, 14) 







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