There she is

E lá está ela mais vez. Sorridente, segura, de narizinho empinhado e com uma confiança impossível de mandar abaixo. Mais uma vez manienta e convencida com a típica atitude do "vamos fingir que me importo". Inderrubável e invencível. Mais uma vez arrogante à primeira vista. Mais uma vez uma pedra de gelo insolúvel. Mais uma vez a representar. Mais uma vez com todas as muralhas erguidas devido à receio de deixar entrar. E só quem entrou sabe. Só quem entrou conhece as inseguranças, a simpatia, os problemas de auto estima, a vulnerabilidade, o coração mole, a diversão e a atitude do "importo-me, demasiado". Só quem entrou sabe as dúvidas e o medo constantes de perder por entre os dedos tudo o que tem. E quem está de fora só vê o que ela quer, a fachada que representa tudo aquilo que ela quer mostrar e que ambiciona conseguir ser. De alguém que finge não se importar com nada de ninguém nem deixar-se incomodar com comentários ou calúnias. Ela importa-se e finge que não magoa. E que não receia estar sozinha embora todas as noites faça figas para estar acompanhada no dia seguinte. Mas é sempre mais fácil deixarmos-nos enganar por uma cara bonita e pelo ar de cabra acompanhado pela postura de quem diz "não preciso de ninguém" quando na verdade, por dentro, existe o pedido constante de companhia de quem só tem um medo: estar só. 




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