Estado civil: feliz
Provavelmente ingénua e despreocupada em demasia, mas feliz. Muito feliz.
Não consigo por em palavras o quão realizada me sinto neste momento. Tenho andado bem e sei, com certezas, que nunca disse esta frase de forma tão assertiva como agora.
Sinto-me eu própria. Sinto-me, estranhamente, completa.
Talvez por ser uma romântica incurável ou então, pura e simplesmente por finalmente ver preenchidos todos os requisitos que sempre impus.
Não preciso de saber o que raio estou a fazer em concreto. Não preciso de rótulos nem tão pouco de ter as coisas claras como água. Pela primeira vez, não me interessam esclarecimentos. Não preciso de clarificar nada. Tenho a cabeça pousada e o coração no sítio. Não me importam as definições ou as cláusulas do contrato que é feito ao estar com alguém.
Somos os papéis não assinados da vida a dois que podemos vir a ter.
Ando risonha e bem disposta. Ando tão desmedida e transbordo felicidade.
Não és uma coisa, mas és uma coisinha boa. Demasiado boa. Demasiado diferente e, segundo me ensinaste, o que é diferente é bom.
Aplaudo-me a mim própria por estar assim. Já lá vai o tempo da mulherzinha melodramática que fazia um filme de tudo e mais alguma coisa.
Pela primeira vez, alguém conseguiu o enorme feito de fazer com que a mulher de externos se habituasse a um meio termo estranhamente satisfatório que não necessita de mas ou porquês.
E somos assim, descomplicados. Sem muito para saber ou adivinhar.
Somos como eu sempre julguei que a felicidade devia ser: simples.
E contigo, ser feliz, é simples.
Não sou solteira, comprometida, divorciada ou viúva. Sou só isto: feliz.
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